Durante a licenciatura, para o futuro exercício da função de professora, foi-me dado a visionar em contexto de aula, o filme “Mentes Perigosas”. A estória passa-se nos EUA, e fala de uma professora que vai para uma escola pública na qual lhe é atribuída uma turma muito difícil, que se caracteriza por ter alunos que provêm de bairro sociais onde a violência, a falta de dinheiro e de cultura predominam. Depois do choque inicial desta professora, de lutar contra o estereótipo em relação ao grupo de alunos e da falta de interesse instalada na escola em relação ao sucesso dos mesmos, ela consegue conquistar a turma.
A professora e personagem principal também me conquistou enquanto espectadora atenta, e durante o filme senti-me várias vezes no papel da professora e muitas vezes também no papel de um ou outro aluno. Este é o poder do cinema … dá-se o papel principal, o “heroísmo” aos personagens que muitas vezes na “vida-real” se encontram em segundo plano enquanto o espectador pode viver virtualmente vários papéis. Este filme fez com que durante algum tempo estivesse mais desperta e até reivindicativa da a necessidade de pedagogias diferenciadas … Mas na verdade, só quando dei aulas pela primeira vez consegui, de forma inesquecível, perceber melhor os vários personagens e reflectir genuinamente sobre o conteúdo do filme.
Como escreveu a Isabel Salgado no comentário ao post de 6 de Março, «é necessário criar defesas […] através do conhecimento desta forma de expressão» para que não confundamos o cinema com a vida real, pois ninguém me diz, que há mais de trinta anos atrás em alguma escola de formação de professore não tenham projectado um outro filme, talvez com outros personagens em primeiro plano e que tenham procurado fazer os futuros professores sentirem que deveriam desempenhar o seu papel de determinada forma!
1 comentário:
Um outro filme, com certeza; de outra determinada forma, tabém, mas sempre com o denominador comum de educar bem as nossas crianças.
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