Acabo de saber, por um dos jornais da televisão, que várias escolas levaram os seus alunos ao santuário de S. Bartolomeu, em Argozelo, no distrito de Bragança, para que possam ver o eclipse anular do sol de amanhã. Um dos professores salientava que para além de verem o eclipse, estavam programadas actividades relacionadas com as estrelas que iam ser vistas de noite, penso que palestras, também. Bom: estas actividades são um bom, um excelente desenvolvimento do currículo. Não foi preciso estar escrito no programa, só foi necessário que a escola (professores) decidisse tirar partido do que acontece para promover experiências de aprendizagem significativas nos seus alunos. Estas escolas entenderam, e muito bem, qual o seu papel. Não sei, nem cuido de saber, se pediram autorização aos serviços do Ministério da Educação; em meu entender, tinham justificação mais do que suficiente para exercerem a sua autonomia. Creio que este exemplo (actual) justifica a minha noção de currículo: tudo o que a escola organiza no sentido de promover experiências de aprendizagens para o desenvolvimento dos seus alunos. A escola não organizou o eclipse, mas aproveitou da melhor maneira a sua existência. |
domingo, outubro 02, 2005
A propósito do conceito de currículo… O eclipse de 3 de Outubro
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1 comentário:
Currículo...breve reflexão
As duas primeiras sessões da unidade curricular Currículo e Cultura, desenvolveram-se sobre as noções de currículo, cultura e competência cultural. Estas noções, aparentemente simples e que andam na boca de todos nós todos os dias, apresentaram-se decerta forma confusas, revelando afinal de contas que estes conceitos e definições são mais complexos e complexas que a sua inocente aparência. Julgo, no entanto, que a forma como as aulas decorreram e o trabalho desenvolvido, contribuiram decisivamente para clarificar estas noções e desfazer muitas dúvidas.
Esta reflexão vem a propósito duma notícia publicada num jornal diário dando conta de que em Sátão, as crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico têm aulas em três edifício diferentes, pelo facto do edifício da escola se encontrar sobrelotado. As crianças foram divididas, nomeadamente, pela Casa do Povo e pela sede da Junta de Freguesia. São salas improvisadas não contendo as condições necessárias duma escola e longe do verdadeiro ambiente escolar necessário para o desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem. No futuro estas crianças dirão que nunca frequentaram a escola, mas sim, a Casa do Povo ou a Junta de Freguesia. Eu pergunto: será que o currículo da verdadeira escola é igual ao currículo da Casa do Povo ou da Junta de Freguesia? E a cultura? E a competência cultural?
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