quinta-feira, novembro 17, 2005

Visível e invisível - uma interpretação

O visível e o invisível na Cultura:
Falemos de Língua Portuguesa. Todos nós sabemos falar e escrever em Português! Mas, se lermos algumas palavras veremos que elas se escrevem de maneira diferente. Ainda a acrescentar nem damos ( muitas vezes) por ela que essas palavras vieram de outras Línguas ( Grego, Latim, inglês, Francês ).
O mesmo se passa na Cultura. Temos os nossos monumentos, por exemplo, que consideramos como culturalmente portugueses, mas se os estudarmos veremos que se baseiam no gótico francês, no Romano, em outras obras de arte sucedendo o mesmo.
Quanto ao primeiro exemplo, o visível será a Linguagem, o invisível será o resultado da Expansão e do convívio com outros povos, trazendo consigo cheiros, sabores, música, costumes , termos linguísticos que fomos adoptando como nossos.
No segundo exemplo podemos imaginar as invasões, desde os romanos às invasões francesas, enfim, a uma culura imposta mas que depois ficou e foi adoptada por nós.
Trazendo estas ideias para o ensino notamos que é aqui que efectivamente estas misturas saltam à vista, ( véus, forma de vestir, sabores, músicas, concepções filosóficas ) que nos levam imaginariamente até a essas fontes ( culturas longínquas trazidas por colegas, alunos e outros indivíduos) . Estes trazem o que é tradicional da sua terra (visível) mas também o que só eles percebem sobre as coisas, dando-nos algumas pistas, consoante os seus comportamentos e reacções, sobre o que lhes é natural.
Basicamente a escola deverá procurar investir para que estas novas culturas e aquelas que se “ escondem” por tabus, preconceitos e até religiosidade ou política sejam como um pingo de azeite… se deixem trazer à superfície para poderem ser vistas e admiradas.
É o professor que deve tentar ser o “ descobridor” desta variáveis e fazer com que elas sejam mais um condimento para o desenvolvimento das “ inteligências múltiplas” , através da implementação da integração, favorecendo a interculturalidade, promovendo assim um enriquecimento do currículo formal, tornando-o um currículo aberto e originando que tudo o que aconteça na escola seja aproveitado para o enriquecimento de todos os elementos da Comunidade, objectivando a aplicação do que à partida seria difícil se não tivesse havido esta procura do “outro lado” do que nos é dado.

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