Uma sociedade só é desenvolvida se for suficientemente culta. Não é possível haver desenvolvimento social, económico, tecnológico e cultural se a sociedade for passiva, fechada no seu umbigo, incapaz de se abrir à diversidade, respeitar a multiculturalidade, a diferença e saber interagir com elas.
O poder político (e ainda em resposta ao professor Varela de Freitas) tem sem dúvida culpa pela situação passiva/retrógada em que Portugal se encontra. O poder político central e, especialmente, o regional/local: os Municípios, Câmaras Municipais e Autarquias devem assumir, democraticamente, um papel relevante na implementação de políticas educativas próprias capazes de promover o investimento, a criatividade, a cultura, o desenvolvimento local/regional e consequentemente o desenvolvimento nacional. Todas as manifestações culturais oferecidas por este espaço educativo devem ser aproveitadas pela escola no sentido de enriquecer o currículo, promover a cultura e assegurar a competência cultural, ou seja, proporcionar desenvolvimento.
A escola é um espaço aberto e o seu verdadeiro currículo ultrapassa a simples esfera do edifício, do plano de estudos, do conjunto de disciplinas, do meio social, da família e, comporta em si, políticas educativas regionais, municipais e locais. A escola encontra-se enquadrada num sistema educativo - ligado aos actores locais: instituições, associações, autarquias, municípios - que deve dar resposta; é uma parceira deste sistema e o seu currículo é o projecto de desenvolvimento desta realidade.
As parcerias educacionais desempenham, portanto, um papel significativo na acção educativa, devem assumir protagonismo na elaboração do Projecto Educativo da Escola, potenciam a exploração de manifestações culturais relevantes, desenvolvem o currículo e a competência cultural.
Pena é que o poder político invista, muitas vezes, em iniciativas culturais de carácter duvidoso que pouco ou nada trazem de vantajoso para a escola ou para a educação em geral.
1 comentário:
Delfim,antes do 25 de Abril de 1974,no Período do Estado Novo, saber incomudava como andar à chuva... bastava saber ler, escrever e contar...era a nossa instrução!
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